_Momentos_

Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.... (Carlos Drummond de Andrade)

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terça-feira, agosto 28, 2007

Festival do Alviela

Bora para o nosso primeiro festival? Bora!
Preparativos em andamento, comprar tendas, sacos-cama, mochila... Até aqui tudo normal.
Chegou o dia de irmos para o festival? Chegou.
Lá fomos nós bem cedinho para o Oriente apanhar o comboio que nos levaria a Santarém. Até aqui também nenhum problema. Chegámos ao Oriente: Paty, tens o bilhete do festival, nao tens?- Nao!! -Vá, nao gozes! - Não, esqueci-me mesmo!(ok, ela foi mesmo buscá-lo a casa e perdemos o comboio das 9.39h) Aqui as coisas já nao estavam no bom caminho.
Apanhando o comboio seguinte, chegámos a Santarém. Etapa seguinte: esperar pelo autocarro grátis que nos levaria ao recinto do festival. Opsss!...É meio-dia e os autocarros grátis começam a circular a partir das 18h. (Hmmm, que isto está a correr tãããoo bem!!)
Telefonemas para aqui, telefonemas para ali (diga-se que o meu pai teve um papel fundamental na resolução do nosso problema), conseguimos um táxi que nos levaria ao festival, baratucho, mas em Pernes (onde se passa tudo...ou secalhar nao!). Toca a apanhar o autocarro para essa movimentada localidade.
Chegando a Vaqueiros, o simpático senhor do táxi: -Bom, nao posso continuar, tenho que deixar-vos aqui. (Bem, pensei eu, também nao deve ser muito longe do festival). Ao saírmos do veículo, um outro senhor, um pouco menos simpático que o anterior: -Agora são só mais 800 metros a andar até ao festival. Tendo em conta o quanto estávamos carregados... a ideia da distância nao nos agradou de todo. Sem outro remédio, começámos a andar.
Ehhh lá! já avistámos a bilheteira! Até que nao foi muito penoso. Tem uma entrada e tudo mesmo ao lado..Postas as benditas pulseiras, um outro senhor (este sim era o cúmulo da simpatia): - Nao entram por aqui, os que vão acampar têm que dar a volta por baixo. (Hummm....agora é que isto estava a correr lindamente!)
Era longe a entrada de baixo? Naaaaoooo, que ideia absurda! Estava um calor abrasador? Eu pingava... talvez fosse da humidade do tempo(talvez!), naquelas 15.30h da tarde.
Toca a descer entao, as calças escorregavam-me, as malas pesavam e sentia de tempos a tempos umas dores incriveis nos ombros e nas costas.
...
Chegámos!! Nem posso crer! Largámos (literalmente) as coisas e decidimos montar as tendas. O que aconteceu a seguir? Nada.
Fomos passear pelo recinto? Nem pensar. Na tenda é que se descansa...e se alimenta, depois de tanto esforço.
Vistas as bandas daquele dia e já cansados, fomos dormir. O dj Diego Miranda a meter alta som e eu na tenda aninhada no meu saco-cama a curti-lo. Arrependida? Sim, de facto podia me ter levantado e ter aproveitado melhor, mas o cansaço venceu-me.
Chegadas as 6h da manha, a manada(quase literalmente) decidiu regressar às suas tendas- Alvoraaada!- gritavam alguns. Incrível mesmo é a forma como me adaptei ao barulho, as pessoas falavam, gritavam ao lado da minha tenda, cantavam, tocavam jambé, ainda haviam os testes de som no palco principal, e eu dormia se quisesse, abstraindo-me de tudo.
Olha a chuva torrencial! Olha os trovões!! ( e pensar que o pior ja tinha passado, agora sim posso afirmar que tudo estava no bom caminho...uma delícia!) Sete da manhã e caía grande tempestade sobre nós... O quê, assustador? Nao!! Eu só gritava e cobria-me com o saco-cama cada vez que sentia uma luz. Nada de especial. Só durou 40 minutos.


(To be continued...)

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Agora lendo isto e revivendo tudo o q la passamos, deu me uma vontade enorme de repetir! ao fim de contas vendo tudo o q se passou ate nos divertimos bastante (digo eu)! Desde ter q andar quase 1km cheias de malas nas costas e com uma dor enorme por todo o corpo e com um sol abrasador, até ver o franscisco corte-real ( q ate o nome é giro) e por fim o melhor do festival o moche nos xutos e pontapes no qual eu fiqie com uma nodoa negra no peito! mas pronto bons momentos : MARIA, só para ti, MARIA!!

7:38 da tarde, agosto 29, 2007  

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